Existem discos que durante o primeiro minuto de audição já indicam que são obras originais,
as vezes até revolucionárias, que te fazem pensar “mas como é que ninguém nunca
fez isso antes?”. Em outros casos, existem aqueles discos que tentam ser
revolucionários, mas que te deixam aquela impressão “inventaram demais,
acabaram estragando o som da banda”. Indo na contramão destes casos, existem
aqueles álbuns em que a banda parece querer dizer “É isso que a gente sabe
fazer, é isso que a gente gosta de fazer. Se você gosta, ótimo. Se não gosta,
problema seu.”
Blood for the Master, quinto álbum da banda norte-americana
Goatwhore, claramente faz parte do último caso. Mesmo não possuindo nada de inovador ou revolucionário, é um disco que
agrada a qualquer fã tradicional de metal extremo. Aliando elementos clássicos
do Black/Death Metal com a urgência e velocidade do Thrash Metal, o disco traz
pouco mais de 38 minutos de pancadaria ininterrupta. Um som direto, coeso,
pesado e embalado numa excelente produção.
O grande destaque fica na facilidade da banda em transitar
por diferentes estilos, indo de trechos claramente inspirados no Thrash Metal
americano até trechos reminiscentes do Black Metal norueguês em questão de
segundos, com uma naturalidade que não é fácil de se conseguir.
Lucas Peixoto.
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