Grande banda do rock resolve fazer reunião da formação clássica, e lança um disco com músicas novas depois de mais de uma década sem material novo. Cenário muito comum de acontecer na indústria fonográfica atualmente. O que geralmente acaba acontecendo são caras que não se suportam, sobem ao palco pra fazer shows ruins e entram em estúdio pra gravar um disco sem graça, enchem o bolso de grana e voltam cada um pro seu canto torrar tudo em sexo e drogas.
Por causa disso, o mais novo disco da banda Van Halen, A Different Kind of Truth, lançado no começo de fevereiro, foi recebido com desconfiança, tanto pela crítica especializada quanto pelos fãs, e a expectativa não era das maiores. Mas acontece que a banda, como o título do disco sugere, tinha um tipo diferente de verdade para mostrar. Com 6 faixas ("She's the Woman", "Outta Space", "Big River", "Beats Workin'", "Tattoo", "Honeybabysweetiedoll", e "Bullethead") oriundas de demos antigas gravadas pela banda no meio da década de 70, uma sobra da gravação do disco “1984” (Blood and Fire), e cinco composições novas (“You and your Blues”, “Chinatown”, “As Is”, “The Trouble with Never”, e “Stay Frosty”), o que se pode ouvir durante todo o disco é tudo aquilo que fez do Van Halen uma das maiores bandas do rock: riffs cortantes, solos de guitarra vigorosos, uma cozinha concisa e pulsante, permeados pelas linhas vocais sempre bem encaixadas de David Lee Roth. Tudo isso embalado numa produção impecável, com timbres de guitarra geniais, característica marcante de Eddie. As canções saídas das demos possuem todas elas aquele clima festeiro e cafajeste que foram tão marcantes nos primeiros discos da banda. Já as composições novas variam desde climas mais bluesy até a flertes com o heavy metal.
Com 13 faixas e quase 50 minutos de gravação, o Van Halen conseguiu colocar o bom e velho rock n’ roll de volta no topo das listas de mais vendidos, apenas resgatando tudo que a
banda fez de bom, e tem tudo pra estar entre os melhores discos do ano, independente de estilo. Belo Trabalho!
Lucas Peixoto.
Um comentário:
ta aí uma banda que eu preciso ouvir mais.
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