Que tarefa árdua. Como escrever sobre aquele que considera ser o melhor álbum de todos? Sim, de todos os estilos, classes e sub classes. Como fazer para não parecer grandioso demais, a ponto de criar espectativas a serem destruídas? É claro que eu não sei. O objetivo aqui não é ser imparcial. Não queria falar sobre o Triarchy of the Lost Lovers, mas é algo totalmente inevitável.
O Rotting Christ surgiu no final dos anos 80 na Grécia. Bem natural que suas composições iniciais seguissem a linha da época, mas aos poucos a banda mostrava-se diferenciada, e em 1996 consegue um contrato com a Century Black, uma gravadora com um porte maior daquelas
que mantinham vínculos, que possibilitou uma produção bem melhor que as vistas nos dois álbuns anteriores.
que mantinham vínculos, que possibilitou uma produção bem melhor que as vistas nos dois álbuns anteriores.
Para a galera que foi criada na base do ovomaltino as músicas podem parecer "secas" demais, devagar ou sem barulho. Mas é na simplicidade que este LP se sustenta, nada de virtuosismo ou baterias à velocidade da luz. As composições possuem uma harmonia indescritível, as guitarras praticamente falam com o ouvinte, os vocais deixam transparecer a sinceridade contida em cada instrumento da banda. Ali estava algo que foi descrito como Dark Metal e já falamos disso por aqui. Andy Classen assina a produção do mesmo (Krisiun, Graveworm, Tankard...) e é óbvio que fez um trabalho e tanto.
Vejo o álbum como uma referência de boa música e bom gosto, e isso não apenas para os bangers de plantão. Um verdadeiro clássico recheado de riffs empolgantes e solos marcantes. O Rotting Christ jogou onde menos é mais e o feeling impera sobre qualquer forma malabarismo instrumental.
Segue uma parte do show da turnê em 1996:
Um comentário:
Acho a pegada desse disco algo sensacional. Sou muito suspeito pra falar dele porque foi justamente um dos primeiros álbuns de metal não-mainstream que eu ouvi a uns 7 anos atrás, ao lado de Mystic Circle, Eternal Solstice, In Flames e outras boas bandas. É um som simples, mas marcante e um álbum que vou passar o resto da vida ouvindo.
Abraço
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