3 de outubro de 2011

Rotting Christ - Triarchy of the Lost Lovers (1996)

Que tarefa árdua. Como escrever sobre aquele que considera ser o melhor álbum de todos? Sim, de todos os estilos, classes e sub classes. Como fazer para não parecer grandioso demais, a ponto de criar espectativas a serem destruídas? É claro que eu não sei. O objetivo aqui não é ser imparcial. Não queria falar sobre o Triarchy of the Lost Lovers, mas é algo totalmente inevitável.

O Rotting Christ surgiu no final dos anos 80 na Grécia. Bem natural que suas composições iniciais seguissem a linha da época, mas aos poucos a banda mostrava-se diferenciada, e em 1996 consegue um contrato com a Century Black, uma gravadora com um porte maior daquelas que mantinham vínculos, que possibilitou uma produção bem melhor que as vistas nos dois álbuns anteriores.

Para a galera que foi criada na base do ovomaltino as músicas podem parecer "secas" demais, devagar ou sem barulho. Mas é na simplicidade que este LP se sustenta, nada de virtuosismo ou baterias à velocidade da luz. As composições possuem uma harmonia indescritível, as guitarras praticamente falam com o ouvinte, os vocais deixam transparecer a sinceridade contida em cada instrumento da banda. Ali estava algo que foi descrito como Dark Metal e já falamos disso por aqui. Andy Classen assina a produção do mesmo (Krisiun, Graveworm, Tankard...) e é óbvio que fez um trabalho e tanto.

Vejo o álbum como uma referência de boa música e bom gosto, e isso não apenas para os bangers de plantão. Um verdadeiro clássico recheado de riffs empolgantes e solos marcantes. O Rotting Christ jogou onde menos é mais e o feeling impera sobre qualquer forma malabarismo instrumental.

Segue uma parte do show da turnê em 1996:




Um comentário:

Dave disse...

Acho a pegada desse disco algo sensacional. Sou muito suspeito pra falar dele porque foi justamente um dos primeiros álbuns de metal não-mainstream que eu ouvi a uns 7 anos atrás, ao lado de Mystic Circle, Eternal Solstice, In Flames e outras boas bandas. É um som simples, mas marcante e um álbum que vou passar o resto da vida ouvindo.

Abraço