Fim de semana prometia. A cidade de São Paulo receberia várias apresentações de metal no feriadão. Logo de início, na sexta-feira, preferimos não ir ao evento de Viking Metal, guardamos energias para os dias que estavam por vir.
Mythological |
No sábado fomos ao Inferno, na famosa Rua Augusta. Sem adquirir ingressos antecipadamente, por uns instantes ficamos discutindo se valia mesmo a pena entrar, mas pagamos mais caro na portaria, e entramos. Pela indecisão, perdemos a banda de abertura, conferindo apenas uma música deles, em seguida o Mythological Cold Towers iniciou sua apresentação mostrando o Doom Metal característico e já conhecido deles, uma pena era uma das guitarras, que não se ouvia nada durante todo o tempo (isso viria a se repetir no fim de semana).
Mortuary Drape |
Os italianos do Mortuary Drape fizeram um show muito surpreendente na sequência, somando ao Black Metal pitadas de Thrash e até Heavy, com um baixista totalmente insano no palco. O figura simplesmente não parava, o tempo todo agitando e mesmo assim, percebe-se que é muito técnico na execução do seu instrumento. A noite valeu cada centavo.
In Torment |
O lugar é bem agradável, e a organização muito boa. Perfeito para aquela noite. Vimos o Anarkhon, o Vomepotro e o In Torment, banda gaúcha que faz um death de alto nível, algo como um cruzamento de Cannibal Corpse com Suffocation, riffs matadores, apresentação impecável.
O Inferia entra em cena e, ops! A necessidade faz o homem. Toda aquela cerveja artesanal e os petiscos eclodiram em um inesperado "suador" e, sem escolhas, acabei transformando o banheiro (que não tinha tranca) em uma bomba biológica de alto poder destrutivo, até agora penso na pobre alma que entrou ali na sequência.
Segunda feira de cansaço. Prontos para o último dia da saga, eu não conseguia mais tomar cerveja, e a noite teria mais metal.
Na parte da tarde assisti ao "novo" Capitão América, com o sub título horroroso de Soldado Invernal. Que grata surpresa, gostei muito do filme.
Torture Squad |
A noite chegou e no Carioca Club o Torture Squad fez o lançamento do seu novo álbum Esquadrão de Tortura, com a temática totalmente focada na ditadura militar brasileira, que se iniciou em 1964. A única coisa que eu não entendo no Torture é a necessidade inexplicável de colocar 455 riffs diferentes em uma só música, como observado pelo Wendel, em alguns momentos não dá nem para saber se é a música em si sendo executada ou se adentraram em uma jam sem fim. Apesar disso, o trio é afinadíssimo, sem nenhum deslize.
Hypocrisy |
Os suecos do Hypocrisy voltam ao Brasil após alguns anos, e como na apresentação do Mythological, uma guitarra simplesmente não se ouve, o som estava um tanto embolado, e o Peter falhou em vários solos nesta noite.
Infelizmente a banda não empolga muito ao vivo, apenas o seu líder realmente "agita" a plateia. Para ajudar, a roda de pogo, ou mosh pit, estava pacata demais, muito estranho, nunca vi desta forma antes... Talvez pela minha estafa física devido ao "puxado" fim de semana, achei o show de 2010 muito superior a este.
No final das contas, o feriadão foi muito bom, com bastante metal para animar. Mas acho que fiquei tão cansado que não tive forças para encarar o Ratos de Porão no dia 25/04, em São José dos Campos (que é onde estou neste momento).
Leonardo Milan.